quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Reflexão de final de ano.

Inesperadamente, tudo dá uma volta 360º em sua vida e você se vê com decisões que nunca haviam lhe passado pela cabeça. A vida segue, a máquina anda e voce quer que a máquina pare pra que voce pense em como seguir e qual será o ritmo da sua máquina a partir de agora.
E lendo hoje o livro de José Saramgo, após um dia de trabalho, cansada, após comer uma torradinha de pão integral com geléia, mas com uma vontade de um guacamole daqueles que adoro tanto, vejo que o seu Tertuliano da história tem tantas dúvidas e angústias quanto todos, e ao mesmo tempo tem um incrível poder de rir de si mesmo e fazer sátira de suas ações. E me deparo com situações que vivemos, que vivi, e deitada por instantes no sofá me recordo daqueles dias no sofa amarelo de Santiago, onde descansava após maravilhosos e cansativos estudos, passeios e festas, recompensadores, sentindo o sol bater na pele, ao mesmo tempo que aquela sensação de satisfação passava pelo corpo todo.
E me bateu uma saudade de tudo que vivi neste ano de 2011, me bateu uma saudade de muitas pessoas, de momentos, de amigos, das relaçoes que não conhecia, e daqueles sentimentos que há muito não são os mesmos, isso porque passaram a modificar-se desde então.
Hoje, arrependida de ações, calejada pelas lições que tive e realizada pelas conquistas, que sozinha (sem esquecer do apoio das pessoas importantes), mas com segurança e força, alcancei.
Agora começa o capitulo 26 dessa vida, onde levamos e aprendemos, caimos e levantamnos, cometemos erros, aprendemos o valor de Deus, o valor da Fé, conhecemos que as almas estão em constante contrução e que cada coisa que acontece tem o seu sentido para o amadurecimento daquela, e assim comprendi que todo o sofrimento e todos os sentimentos por que fui tomada, serviram para amadurecimento pessoal, profissional e espiritual. Sem contar nas sensações que não conhecia, por quais não me havia sido permitido sentir, e agora, depois de ultrapassar uma grande pedra pelo meio do caminho, encontro um vale por onde é possível olhar o sol todos os dias e sorrir com ele à sua maneira, e agradecer a Ele por sua história, agradecer aos amigos pela ajuda, pela força, as amigas pela companhia, agradecer ao destino por que sabe oque faz, e agradecer a todas as pessoas boas que querem ajudar, por que acredito fielmente que tudo que plantamos, colhemos em algum momento, e digo isso tanto para bem como para mal, por experiencia própria.
E agora a nova etapa se inicia, e como sempre prefiro os numeros pares, 2012 será o ano, para traçar a linha e alcançar objetivos que recém definidos, digamos, modificados, quase já os vejo concretizados tamanha força de vontade que sinto aqui dentro.
As coisas se resolvem para todos, sempre, depois da tempestade vem o sol, e quando acreditamos nisto, passamos a viver fases, virando a página todos os dias e começando um nova escrita, uma conquista, uma reconquista de si mesmo e das pessoas que amamos.

Um beijo no coração a todos, por que àqueles que sentem, são aqueles que amam e alcançam.
Um excelente ano a todos, e que seja repleto de descobertas, paz e alegrias a todos, mas o restante deixo que o destino se encarregará a cada dia, basta fazer o bem e escutá-lo.
Cuidem-se e vivam intensamente, chega de tantos julgamentos, de olhar para a felicidade dos outros, de importar-se tanto com futilidades, olhem pra si, para suas familias, para suas vidas, para as conquistas, amigos, olhem pra si e vejam como melhorar a cada dia um pouquinho. Isso que lhes desejo, vivam mais, amem mais, riam mais, um feliz 2012.

Beijos, Eve!

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

El mar

Necesito del mar porque me enseña:
no sé si aprendo música o conciencia:
no sé si es ola sola o ser profundo
o sólo ronca voz o deslumbrante
suposición de peces y navios.
El hecho es que hasta cuando estoy dormido
de algún modo magnético circulo
en la universidad del oleaje.
No son sólo las conchas trituradas
como si algún planeta tembloroso
participara paulatina muerte,
no, del fragmento reconstruyo el día,
de una racha de sal la estalactita
y de una cucharada el dios inmenso.

Lo que antes me enseñó lo guardo! Es aire,
incesante viento, agua y arena.

Parece poco para el hombre joven
que aquí llegó a vivir con sus incendios,
y sin embargo el pulso que subía
y bajaba a su abismo,
el frío del azul que crepitaba,
el desmoronamiento de la estrella,
el tierno desplegarse de la ola
despilfarrando nieve con la espuma,
el poder quieto, allí, determinado
como un trono de piedra en lo profundo,
substituyó el recinto en que crecían
tristeza terca, amontonando olvido,
y cambió bruscamente mi existencia:
di mi adhesión al puro movimiento.


Pablo Neruda